segunda-feira, 21 de junho de 2010

Construindo novos bebês





A primeira vez que li Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, fiquei meio assustado. Na época, a questão era se, em um futuro, mesmo que distantes, conseguiríamos produzir bebês fora do útero e criá-los em série.Os anos se passaram e, pelo menos em parte, a ficção ficou, mesmo, como ficção. Mas como são as coisas hoje? Se tomarmos por base o que chamam de Gravidez Assistida, estamos entrando na era da construção de novos bebês.

Hoje, quem por problemas físicos, genéticos, etc., não poderia ter filho, os tem. Usa-se inseminação artificial, barrigas de aluguel e várias outras técnicas de reprodução assistida, inclusive com fertilização de mulheres.O resultado é que, quem não podia ter, agora tem filhos. Mas as coisas, na ciência, nunca param e um passo adiante acaba de ser dado por cientistas espanhóis. Eles conseguiram, mediante o que chamam de “seleção embrionária” fazer com que o bebê de mãe com problemas, nasça sem ele. Estes cientistas consideram que, com isso, um avanço significativo foi conseguido.
Ainda não é uma engenharia que modifique o feto. Mas sim, que escolhe o tipo de bebê que alguém pode ter. Se estamos longe do sonho de Huxley, estamos chegando mais e mais perto da “fabricação” de bebês.

O que vem agora? Ninguém sabe. Mas os cientistas continuam trabalhando com o objetivo de fazer com que haja nascimentos e que quem nasça, seja suadável. Nesta busca, não descartam um pouco – ou muito – de engenharia, mesmo que genética.


http://linoresende.jor.br/construindo-novos-bebes
Cientistas montam célula controlada por genoma fabricado em laboratório
Estudo abriria caminho para produção de bactérias artificiais sob medida.Grupo é liderado pelo polêmico J. Craig Venter, o ‘pai do genoma’.
Do G1, em São Paulo


Etapas do experimento foram detalhadas emartigo publicado pela 'Science'
Cientistas do Instituto J. Craig Venter anunciaram nesta quinta-feira (20) o desenvolvimento da primeira célula controlada por um genoma sintético. Agora, esperam usar o método para compreender melhor o mecanismo básico que guia todas as formas de vida e para desenvolver bactérias sob medida que, por exemplo, produzam biocombustível ou ajudem a limpar vazamentos de petróleo. O instituto entrou com pedidos de patente para salvaguardar direitos de propriedade intelectual sobre algumas das técnicas desenvolvidas.


O grupo já havia sintetizado quimicamente um genoma de bactéria, e também já havia transplantado o genoma de uma bactéria para outra. Agora, o cientista Daniel Gibson e seus colegas (todos empregados no instituto criado pelo empresário-biólogo Craig Venter) juntaram os dois métodos para criar o que batizaram de “célula sintética” – ainda que apenas o genoma da célula seja sintético. "Nós chamamos de sintético porque a célula é totalmente derivada de um cromossomo fabricado em um sintetizador químico, com base em informações em um computador”, explicou Venter.
É uma ferramenta muito poderosa para tentar projetar o que desejamos que a biologia faça. Temos uma ampla gama de aplicações em mente"
Craig Venter
O genoma sintético é uma cópia de genoma da bactéria Mycoplasma mycoides. Só que à cópia foram adicionadas sequências de DNA montadas em laboratório que serviram como marcas d’água para distingui-la de um genoma natural. O resultado, transplantado na bactéria Mycoplasma capricolum, deu “reboot” nas células receptoras. Na hora do transplante, 14 genes foram deletados ou rompidos, mas mesmo assim as M. mycoides se comportaram como M. mycoides normais, e só produziram proteínas próprias de M. mycoides.
“Se os métodos que descrevemos no artigo puderem ser generalizados, projeto, síntese, montagem e transplante de cromossomos sintéticos não serão mais uma barreira para o progresso da biologia sintética”, escrevem os pesquisadores. “É uma ferramenta muito poderosa para tentar projetar o que desejamos que a biologia faça. Temos uma ampla gama de aplicações em mente”, avisa Venter.
Uma das propostas de Venter (que ele vem propagandeando não é de hoje) é fazer sua "vida 2.0" produzir etanol (álcool) ou hidrogênio, como forma barata de obtenção desses combustíveis limpos. O cientista-empresário já foi acusado de estar criando a "Micróbiosoft" (em referência à Microsoft de Bill Gates), impedindo o uso livre da chamada biologia sintética e mesmo monopolizando a tecnologia.


Outros cientistas defendem a chamada "biologia sintética open-source" (de fonte aberta), na qual as informações para a construção de novos organismos ficariam disponíveis para uso gratuito de toda a comunidade científica.


http://g1.globo.com/ciencia-e-saude



domingo, 20 de junho de 2010

Bioreligioso

Essa é para aquele que gostam de biologia e engenharia genética, mas ñ despenca um bom humor:


Oração do DNA

Creio no DNA todo poderoso
criador de todos os seres vivos,
creio no RNA,
seu único filho,
que foi concebido por ordem a graça do DNA polimerase.
Nasceu como transcrito primário
padeceu sobre o poder das nucleases, metilases e poliadenilases.
Foi processa, modificado e transportado.
Desceu do citoplasma e em poucos segundos foi traduzido à proteína.
Subiu pelo retículo endoplasmático e o complexo de Golgi
E está ancorado à direita de uma proteína G
Na membrana plasmática
De onde há de vir a controlar a transdução de sinais
Em células normais e apoptóticas
Creio na Biologia Molecular
Na terapia gênica e na biotecnologia
No seqüenciamento do genoma humano
Na correção de mutações
Na clonagem da Dolly
Na vida eterna.
Amém


Retirado do http://www.humornaciencia.com.br




E você o que acha sobre a clonagem? Ela vem para auxiliar e revolucionar a medicina ou ela é apenas uma brincadeira de recriar e manipular vida?

sábado, 19 de junho de 2010


Fotossíntese artificial gera hidrogênio para células a combustível
Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/02/2010

Produzir hidrogênio para alimentar as células a combustível quebrando moléculas de água com a luz solar seria de fato o melhor dos mundos. É a chamada fotossíntese artificial.

Fontes de energia do futuro
Células de combustível alimentadas por hidrogênio e energia solar são as duas maiores esperanças para as fontes de energia do futuro, que sejam mais amigáveis ambientalmente e, sobretudo, sustentáveis.
A combinação das duas então, é considerada como particularmente limpa: produzir hidrogênio para alimentar as células a combustível quebrando moléculas de água com a luz solar seria de fato o melhor dos mundos.
Esta é a chamada fotossíntese artificial, que vem sendo alvo de pesquisas de vários grupos de cientistas ao redor do mundo, com diferentes abordagens.
Eletrodo fotocatalítico
Agora, uma equipe liderada por Thomas Nann e Christopher Pickett, da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, criou um fotoeletrodo eficiente e robusto e que pode ser fabricado com materiais comuns, de baixo custo.
O novo sistema consiste de um eletrodo de ouro que é recoberto com camadas formadas por nanopartículas de fosfeto de índio (InP). A seguir, os pesquisadores adicionaram um composto de ferro-enxofre [Fe2S2(CO)6] sobre as camadas.
Quando submerso em água e iluminado com a luz do Sol, sob uma corrente elétrica relativamente fraca, este sistema fotoeletrocatalítico produz hidrogênio com uma eficiência de 60%.
"Esta eficiência relativamente elevada é um avanço", diz Nann.
Fotossíntese artificial
Que o sistema funciona os pesquisadores já comprovaram. Mas como ele funciona? Entender os mecanismos da reação é essencial para aprimorá-lo e levá-lo até aplicações práticas.
Os pesquisadores teorizam o seguinte mecanismo para a reação: as partículas de luz são absorvidas pelo nanocristais de InP, excitando os elétrons em seu interior. Nesse estado excitado, os elétrons podem ser transferidos para o composto de ferro-enxofre.
Em uma reação catalítica, o composto de ferro-enxofre então transfere seus elétrons para os íons hidrogênio (H+) na água em volta, que são então liberados sob a forma de moléculas de hidrogênio (H2). O eletrodo de ouro fornece os elétrons necessários para repovoar os nanocristais de InP.
Hidrogênio industrial
Em contraste com os processos de fotossíntese artificial já divulgados até agora, o novo sistema funciona sem moléculas orgânicas. Estas moléculas precisam ser convertidas para um estado excitado para que possam reagir, o que faz com que se degradem ao longo do tempo.
Este problema limita o tempo de vida de sistemas de fotossíntese artificial com componentes orgânicos.
O novo sistema agora descoberto é puramente inorgânico e tem, portanto, uma vida útil muito maior.
"Nosso novo sistema de eletrodo fotocatalítico é robusto, eficiente, barato e livre de metais pesados tóxicos," afirma Nann. "Ele pode ser uma alternativa altamente promissora para a produção de hidrogênio industrial."
Embora sejam promissoras, o hidrogênio para as células a combustível atuais é fabricado a partir do gás natural, um "primo" do petróleo.

Fibra óptica molecular é feita com proteína da fotossíntese
Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/06/2010

Cientistas da Universidade de Twente, na Holanda, descobriram que o sistema de fotossíntese de uma bactéria pode ser usado para transportar luz por longas distâncias.
Para demonstrar o fenômeno, a equipe do professor Cees Otto construiu uma espécie de fibra óptica molecular, mais de mil vezes mais fina do que a espessura de um fio de cabelo humano.

Proteina da fotossíntesi
Todas as plantas, e algumas bactérias, usam a fotossíntese para gerar energia a partir da luz do Sol, em um processo complexo e ainda não totalmente compreendido pela ciência.
Mas sabe-se que algumas proteínas transportam a energia capturada do Sol no interior das células, levando-a a um ponto onde a energia é armazenada.
O que os pesquisadores fizeram foi isolar as proteínas do chamado Complexo de Coleta de Luz, responsável por transportar os fótons capturados da luz solar.
Fibra óptica molecular
O próximo passo dos pesquisadores foi utilizar as proteínas para construir sua fibra óptica molecular.
As proteínas foram dispostas em linha e fixadas sobre um substrato, formando uma espécie de fio.
Quando estão na bactéria, essas proteínas transportam a luz por distâncias de até 50 nanômetros.
Mas, ao disparar um feixe de laser sobre o seu fio de proteínas, os pesquisadores verificaram que a luz viajou por distâncias até 30 vezes maiores, atingindo 1,5 micrômetro - uma distância "gigantesca" em se tratando da nanotecnologia.
Painéis solares
"Essas proteínas são tijolos de construção que a natureza nos dá de graça. Usando-as nós podemos aprender mais sobre processos naturais, como o transporte de luz na fotossíntese. Quando entendermos a natureza, poderemos copiá-la," disse Otto.
"Conforme a pesquisa avançar, poderemos ser capazes de usar o princípio das fibras ópticas moleculares, por exemplo, em painéis solares," acrescenta ele.
As experiências no campo da chamada
fotossíntese artificial estão entre as mais pesquisadas para a criação de uma nova geração de células solares mais eficientes e mais baratas.






sexta-feira, 18 de junho de 2010





Tecnologia - 26 fev 2008 Texto por Fabio Alexis -->



O Depósito Internacional de Sementes na Noruega (Svalbard Global Seed Vault) , no Círculo Polar Ártico, foi oficialmente inaugurada, hoje 26/02, em uma cerimônia na qual 100 milhões de sementes procedentes de cem países de todo o mundo foram depositadas na ‘Arca de Noé’. O projeto, impulsionado pelo Governo norueguês, pelo Fundo Mundial para a Diversidade de Cultivos e pelo Banco Genético Nórdico, permite a criação de um depósito seguro de bancos de dois exemplares de sementes de cultivos alimentícios.
Caso não conheça a história da Arca de Noé, essa é uma boa oportunidade de conhece-la. Está presento no livro de Gênesis nos versículos 06, 07, 08 e 09.
Com isso, ele garante a sobrevivência frente a fenômenos como a mudança climática e catástrofes naturais (será que o depósito sobrevive também a guerra biológica?). Situada perto de Longyearbyen, em uma ilha do arquipélago norueguês de Svalbard, a arca do ‘fim do mundo’ ou ‘Arca de Noé’, foi escavada a 130 metros de profundidade em uma montanha de rocha sedimentar, impermeável à atividade vulcânica, a terremotos, à radiação e à elevação do nível do mar.

Esse é um artigo de José Augusto, onde ele fala sobre alterações genéticas em plantas.



Veja logo abaixo o artigo de José Augusto, amarantino, foi publicado na edição do informe online do INOVAGRI durante o II WINOTEC.
A BIOTECNOLOGIA E A SEGURANÇA DOS ALIMENTOS: IMPACTOS NA CADEIA ALIMENTAR.


O uso de alimentos OGMs tem sido discutido extensivamente pela sociedade nos últimos 10 anos, desde a aprovação do primeiro OGM nos Estados Unidos, em 1994, o tomate FlavrSavr. Os cientistas também fizeram os seus trabalhos, investigando com cuidado os riscos potenciais e os benefícios de alimentos GM.

Em junho passado, o departamento de segurança alimentar da Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou um relatório denominado "Biotecnologia Alimentar Moderna, Saúde Humana e Desenvolvimento: um Estudo Baseado em Evidências". O relatório indica que as avaliações de risco pré-comercialização foram executadas em todos os produtos GM onde tais produtos foram introduzidos no mercado. De acordo com este relatório, os alimentos GM são examinados mais detalhadamente do que alimentos normais, em busca de seus riscos potenciais para a saúde e impactos ambientais. "Os alimentos GM atualmente disponíveis no mercado internacional têm sido submetidos a avaliações de risco e não tendem a apresentar riscos para a saúde humana em nenhuma outra forma do que suas contrapartes convencionais" diz o relatório da OMS.

Isto não significa, contudo, que nós não devamos ter cuidados com novas aprovações. Nós devemos avaliar os novos alimentos GM como sempre o fizemos: caso a caso. "Os riscos potenciais associados com os OGMs e os alimentos GM devem ser avaliados, caso a caso, levando-se em consideração a característica do OGM ou as diferenças do alimento GM e as possíveis diferenças dos ambientes de recepção", diz o relatório da OMS. Assim, os OGMs ou alimentos GM não são intrinsecamente bons ou ruins. São organismos que adquiriram uma nova característica. E, no caso de alimentos GM, a inclusão dessas características oferecem aumentos potenciais na produtividade rural ou características de melhoria na qualidade, nutrição e processamento. Sob a perspectiva da saúde, podem haver também benefícios indiretos tais como redução no uso de agrotóxicos, sustentabilidade realçada da receita da colheita rural e na segurança dos alimentos. Além disso, o consumo de alimentos GM não causou qualquer efeito nocivo à saúde até a presente data.


José Augusto S. de Oliveira (Cabeça) Técnico Agrícola Especialista em Irrigação e Drenagem Membro do INOVAGRI Filiado à ABID

Esse é um Artigo públicado por Atonio Silveira, onde ele fala sobre a importância da Engenharia Genética e o que ela possibilita.


ENGENHARIA GENÉTICA
( A CIÊNCIA DA VIDA )


Nesta página você encontrará algumas informações sobre a engenharia genética, esta nova ciência que tem possibilitado a realização de experimentos na área da genética, com resultados surpreendentes sobre a vida, bem como alguns de seus resultados. Pela sua relação direta ou indireta com o meio ambiente, a engenharia genética não poder deixar de ter atenção dos ambientalistas e estudiosos do direito ambiental, entre outros, daí este espaço dedicado ao tema.
I - Considerações: Com a divulgação recente em quase todos os meios de comunicação dos primeiros resultados do Projeto Genoma Humano e o grande interesse sobre os transgênicos, a engenharia genética passou a ser alvo de atenção como ciência moderna. Mas, e no campo do direito esta nova ciência já está disciplinada juridicamente? É o que tentaremos analisar. Há séculos a humanidade vem fazendo o cruzamento de plantas e animais com a finalidade de melhora-los para sua utilização e consumo. No fundo tratam-se de experiências genéticas feitas de maneira rudimentar e empírica, mas atualmente com o desenvolvimento da biotecnologia, a melhora genética passou a ser feita de forma cientifica, através de técnicas desenvolvidas por uma nova ciência integrante da biotecnologia conhecida como engenharia genética.
II - Definição: Engenharia genética pode ser definida como o conjunto de técnicas capazes de permitir a identificação, manipulação e multiplicação de genes dos organismos vivos.
III - O que faz: Através desta nova ciência é possível a manipulação do DNA, ou seja, do ácido desoxirribonuclético que existe nas células dos seres vivos e assim recombinar genes, alterando-os, trocando-os ou adicionando genes de diferentes origens criando novas formas de vida. A engenharia genética possibilita: - mapear o sequenciamento do genoma das espécies animais, incluindo o ser humano (Genoma Humano) e dos vegetais. - a criação de seres clonados (copiados), - desenvolver a terapia genética, - produzir seres trangênicos. Estas novas possibilidades no campo da genética passaram a preocupar governos e grande parte das sociedades envolvidas, pois se o processo for mal direcionado poderá prejudicar o patrimônio genético, inclusive irremediavelmente. Por este motivo já há previsão legal tutelando as atividades desta nova ciência.
IV - Controle legal: - Constituição Federal, art.225, §1º, II; - Lei 8.974, de 5.1.95 (Lei da Biossegurança) No Brasil o controle legal da engenharia genética está previsto no art.225, §1º, II, da Constituição Federal, onde diz que é dever do Poder Público preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do país e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético. Assim, o Poder Público tem o dever de preservar a diversidade e integridade do patrimônio genético, bem como o dever de fiscalizar os pesquisadores que manipulam material genético e ainda é obrigado a controlar os métodos, atividades e comercialização de produtos ou substâncias que possam causar danos ao meio ambiente, incluindo aí os relacionados à manipulação genética. Já, a Lei 8.974, de 5.1.95 (Lei da Biossegurança) veio regulamentar os incisos II e V do parágrafo 1º do citado artigo constitucional, estabelecendo normas para uso das técnicas de engenharia genética e liberação no meio ambiente de organismos geneticamente modificados.
V - A engenharia genética possibilita:
A - Mapeamento do sequenciamento genômico: Genoma: Todo o material genético contido nos cromossomos de um organismo é conhecido como genoma. Pode ainda ser definido como o conjunto de genes de uma espécie. Gene: é a unidade de DNA com capacidade de sintetizar uma proteína. DNA é uma molécula em forma de hélice dupla composta por pares nitrogenadas e que tem capacidae de armazenar todas as informações necessárias para a criação de um ser vivo. Graças aos avanços da biotecnologia e através da engenharia genética é possível fazer o mapeamento e sequenciamento genômico de animais e vegetais. O Genoma Humano após muitos anos de estudos e de muito investimento que envolveu EUA, Reino Unido, França, Japão etc, chegou a seus primeiros resultados.
Decepção genética: conforme publicado amplamente na imprensa em geral, os primeiros resultados do Projeto Genoma saíram com uma grande surpresa para a comunidade científica e o mundo em geral: não temos tantos genes quanto imaginávamos; aliás temos o mesmo número que o milho e o dobro da mosca-das-frutas. Isto põe uma ducha de água fria na tese daqueles que pensam que o ser humano é superior a todos as outras formas de vida do nosso planeta. De outro lado, reforça a tese de alguns de que somos iguais a todos os animais, diferenciando-se apenas em algumas formas de desenvolvimento de partes do corpo, como o cérebro, o que não quer dizer nada em termos biológicos. Os resultados do Projeto Genoma levam-nos a concluir que devemos ter mais humildade zoológica e assim passarmos a tratar os demais seres com mais respeito, afinal não somos superiores a nenhum deles. Sabendo disso e aliado a idéia de que “inteligentes” nossa responsabilidade aumenta. Daí, porque devemos dar mais atenção e proteger melhor o meio ambiente com os elementos que o formam.
B - Clonagem: É a cópia de uma molécula de DNA recombinante, contendo um gene ou outra seqüência de DNA que se quer estudar. É a reprodução assexuada a partir de uma célula mãe, utilizando células geneticamente idênticas entre si a a célula progenitora. A palavra clonagem vem do grego “klón”que significa “broto”.
C - Terapia genética: É o tratamento baseado na introdução de genes “sadios” , para que possa gerar proteínas saudáveis e substituir as defeituosas.
D - Transgênicos: Um dos experimentos e resultados da engenharia genética que têm trazido mais polêmica é a questão da produção de transgênicos na agricultura com a finalidade de se evitar pragas, maior resistência às intempéries para aumentar a produção. Estes produtos geneticamente modificados e conhecidos pela sigla GM (geneticamente modificados) estão levando os cientistas, ambientalistas, produtores, juristas entre outros, a muita discussão sobre a sua real utilização e conveniência. Em grande parte da Europa há rejeição oficial e da população aos GMs, enquanto os EUA, Argentina, Canadá, China, México e Austrália adotam em sua política agrícola este tipo de produto. Em nosso país a questão está no ápice da discussão, havendo contundentes segmentos pró e outros não menos contundentes contra. Os que estão contra a utilização dos GMs argumentam que por serem modificados geneticamente os produtos não são naturais, perigosos e são potencialmente danosos ao ambiente, inclusive já se fala em “poluição genética”. Já os favoráveis dizem que não há prova de danos à saúde humana e ao ambiente. De qualquer forma, a discussão ainda vai longe, pois faltam elementos técnicos de experimentação científica capaz de dar subsídios concretos e seguros quanto aos efeitos destes produtos, mormente por se tratar de novas tecnologias e produtos.
VI - Conclusão: O nosso patrimônio genético poderá estar comprometido se não houver na engenharia genética uma manipulação ou utilização consciente, sadia, correta, legal e ética dos recursos que o compõem. Por isso a comunidade científica, o Poder Público e os cidadãos conscientes devem ficar atentos e fiscalizar a aplicação das novas técnicas da engenharia genética, seus resultados e produtos, bem conhecer os termos de sua tutela jurídica e utilizar dos mecanismos legais de proteção através da ação civil pública, em se constatando cientificamente perigo ou dano ao meio ambiente. Aí pode ter aplicação um dos mais importantes princípios do direito ambiental: o princípio da precaução.

Essa posragem é para situar o seguidor desse blog sobre o que é Biotecnologia!

O Que é Biotecnologia?

Biotecnologia é o conjunto de conhecimentos que permite a utilização de agentes biológicos (organismos, células, organelas, moléculas) para obter bens ou assegurar serviços.
Para mais informações acesse o site http://www.bteduc.bio.br/
Assim, é Biotecnologia o conjunto de técnicas que permite à Indústria Farmacêutica cultivar microrganismos para produzir os antibióticos que serão comprados na Farmácia. Como é Biotecnologia o saber que permite cultivar células de morango para a obtenção de mudas comerciais. E também é Biotecnologia o processo que permite o tratamento de despejos sanitários pela ação de microorganismos em fossas sépticas. A Biotecnologia abrange diferentes áreas do conhecimento que incluem a ciência básica (Biologia Molecular, Microbiologia, Biologia celular, Genética, Genômica, Embriologia etc.), a ciência aplicada (Técnicas imunológicas, químicas e bioquímicas) e outras tecnologias (Informática, Robótica e Controle de processos). A Engenharia Genética ocupa um lugar de destaque como tecnologia inovadora, seja porque permite substituir métodos tradicionais de produção (Hormônio de crescimento, Insulina), seja porque permite obter produtos inteiramente novos (Organismos transgênicos). A Biotecnologia transforma nossa vida cotidiana. O seu impacto atinge vários setores produtivos, oferecendo novas oportunidades de emprego e inversões. Hoje contamos com plantas resistentes a doenças, plásticos biodegradáveis, detergentes mais eficientes, biocombustíveis, processos industriais e agrícolas menos poluentes, métodos de biorremediação do meio ambiente e centenas de testes diagnósticos e novos medicamentos.